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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Negue-se a Si Mesmo e Tome a Sua Cruz – Lucas 9:23

Negue-se a si mesmo e tome a sua cruz. Sabemos que esse é um ensino claro do nosso Senhor Jesus, porém muitas pessoas possuem dúvidas sobre o que significa negar-se a si mesmo e tomar cada um a sua cruz, conforme Cristo ensinou.
Neste texto nós iremos entender essa verdade tão importante que compõe a compreensão acerca do que é, de fato, ser um discípulo de Jesus.
Antes, é importante saber que esse ensino é tão fundamental que Jesus transmitiu essa verdade explicitamente por mais de uma vez (Mt 10:38; 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23; cf. Lc 14:27; Jo 12:26). Aqui vamos usar como exemplo o texto de Lucas 9:23, mas as outras referências também podem ser utilizadas.
E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
(Lucas 9:23)

O que significa a expressão “negue-se a si mesmo”?

Como vimos acima, esse ensino foi transmitido por Jesus em diferentes ocasiões, porém a lição é exatamente a mesma. O que todas as passagens têm em comum, além do mesmo significado, é o ensino sobre o custo do discipulado.
Esse ensino é tão importante que em Marcos 8:34 e Lucas 9:23 somos informados que Jesus se dirigiu à multidão, ou seja, não apenas seus doze discípulos precisavam ouvir essas palavras, mas todos. Na passagem correlata em Lucas 14:27 o mesmo acontece. Logo, podemos entender que essa é uma questão de vida ou morte eterna.
Perceba que antes da sentença “negue-se a si mesmo”, Jesus usou a expressão “vir após mim”Essa expressão significa “unir-se a Ele”. Aqui Jesus utilizou como base o fato de que frequentemente Ele era seguido por multidões, mas andar literalmente atrás dele não significava ser seu seguidor.
Então Jesus ensinou o que realmente faz com que uma pessoa seja um discípulo verdadeiro, um seguidor genuinamente unido a Ele: essa pessoa precisa negar-se a si mesma.
A condição de “negar-se a si mesmo” inclui muita coisa, como por exemplo:
  • Negar-se a si mesmo é amar ao Senhor acima de todas as coisas, e ser fiel à causa do Evangelho acima de qualquer aspiração pessoal.
  • Negar-se a si mesmo é dizer não a natureza humana decaída, ou seja, o velho “eu” que tenta nos desviar para as concupiscências das obras da carne.
  • Negar-se a si mesmo é renunciar toda confiança em sua própria natureza, religiosidade, capacidade e obras, e entender que a salvação depende exclusivamente de Deus, e que os méritos pertencem tão somente a Cristo.
Em ouras palavras, no ensino de Jesus aquele que nega-se a sim mesmo é alguém capaz de dizer: Jesus é o primeiro em todas as áreas da minha vida.
É nisso que consiste o princípio de que o verdadeiro seguidor de Cristo o ama mais do que seus familiares e do que sua própria vida, a ponto de estar disposto a perdê-la por causa desse amor e pelo compromisso com o Evangelho (Mt 16:25; Mc 8:35; Lc 9:24; 14:26).
A importância do negue-se a si mesmo pode ser notada na segunda parte do capítulo 14 do Evangelho de Lucas, onde Jesus conta a Parábola do Construtor da Torre e o Rei Guerreiro. Nesse capítulo Jesus utilizou por três vezes a expressão “não pode ser meu discípulo” (Lc 14:26,27,33).
  1. No versículo 26, onde a sentença aparece pela primeira vez no capítulo, Jesus se voltou para a multidão e ensinou que seus verdadeiros seguidores o amam acima de tudo e dão suas vidas por Ele.
  2. No versículo 27, onde a sentença se repete pela segunda vez, Jesus ensinou que seus verdadeiros seguidores sempre estão dispostos a sofrer pela causa do Evangelho.
  3. Finalmente, no versículo 33, Jesus concluiu esse ensino falando que para segui-lo, seus discípulos precisam renunciar tudo o que possuem, isto é, no sentido de demonstrar uma lealdade incondicional, uma completa negação de si mesmo.
De fato, quando você ama mais a Cristo e o seu Evangelho do que pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, irmãs e sua própria vida; de modo que esse amor o leva a sofrer o que for preciso para que o reino de Deus e a sua justiça seja proclamado, naturalmente o que existirá é uma total renúncia e negação de o que você é ou possui.
Sobre isso, o apóstolo Paulo explicou de forma perfeita o que significa negar-se a si mesmo ao dizer: “As coisas que para mim eram lucro, agora as considero perda por amor a Cristo” (Fp 3:7).

O que significa a expressão “tome a sua cruz”?

O significado do “tome a sua cruz” está intimamente ligado ao “negue-se a si mesmo”Em primeiro lugar, nosso Senhor ensina que é preciso negar-se a si mesmo, e em segundo lugar ele ensina que é preciso tomar a cruz.
A figura usada nessa expressão por Jesus é a de um condenado carregando seu próprio instrumento de execução para o lugar onde a pena capital será aplicada. Esse era um costume daquela época, e foi assim também com nosso Senhor a caminho do Calvário (Jo 19:17).
No entanto, a grande diferença entre o condenado e o discípulo de Jesus é que o condenado faz isso forçadamente, e se tivesse uma única oportunidade ele correria o mais depressa que pudesse para bem longe, enquanto o seguidor de Cristo faz isso voluntariamente.
O discípulo verdadeiro não deseja fugir, não deseja correr para longe, ele deseja apenas combater o bom combate (2Tm 4:7). Tomar a sua cruz significa aceitar irremediavelmente a aflição, a dor, a vergonha e a perseguição por amor a Cristo e ao seu Evangelho.

Erros sobre o significado de tomar a sua cruz

Às vezes algumas pessoas aplicam essa expressão de um modo muito genérico, atribuindo-a a qualquer tipo de aflição comum que acomete a todas as pessoas ao longo de suas vidas, porém esse não é o sentido bíblico correto.
Algumas pessoas quando falam em levar a cruz acabam cometendo também outro tipo de erro, ao enaltecerem de maneira tal sua cruz pessoal que acabam diminuindo o significado da cruz de Cristo.
Nunca podemos comparar a cruz que somos convidados a carregar, com a cruz que Cristo carregou, porque isso resultaria no falso entendimento de que o sofrimento de Cristo foi simplesmente apenas mais um entre muitos.
A agonia do Senhor Jesus foi singular e representa o valor infinito de seu sacrifício, expressando o inimaginável castigo exigido pela justiça de Deus quando Ele carregou a nossa desgraça e se tornou maldito pelos nossos pecados.
Por outro lado, o “levar a cruz” para nós não traz o significado de condenação e castigo, ao contrário, representa o grande privilégio de podermos “levar o seu vitupério” (Hb 13:13), participando das aflições de Jesus com grande alegria, satisfação e inteira submissão.
Assim, tomamos a nossa cruz quando seguimos o nosso Senhor por onde quer que Ele vá, não nos importando com as condições, antes confiando plenamente em seu sangue remidor, refletindo sua mente e proclamando sua obra (Jo 13:15; 2Co 9:8,9; 1Pe 2:21).
Em Mateus 10:38 e Lucas 14:27 encontramos o paralelo negativo dos texto registrados em Mateus 16:24, Marcos 8:34 e Lucas 9:23. Nos dois primeiros lemos: “quem não toma a sua cruz” e “qualquer que não levar a sua cruz”, enquanto nos três últimos lemos basicamente: “tome a sua cruz”.
O significado é o mesmo, porém quando a sentença aparece em sua forma negativa fica enfatizado de forma ainda mais clara o que sucede com aqueles que falham em carregar a sua cruz, a saber, diz Jesus, “não é digno de mim” (Mt 10:38) ou “não pode ser meu discípulo” (Lc 14:27).
Imediatamente após transmitir esse ensino, Jesus também esclareceu o que significa “não ser digno dele” ou não ser contato como um de seus discípulos. Este, achando ter salvado sua vida, perdê-la-á, mas o que nega-se a si mesmo e toma a sua cruz recebe a promessa de um maravilhoso galardão“quem perde sua vida por amor de mim, a achará” (Mt 10:39; 16:25; Mc 8:35; Lc 9:24).
Outra coisa interessante é o detalhe do texto de Lucas 9:23 que traz a expressão “tome cada dia a sua cruz”. Aqui temos claramente a implicação de que a cruz pessoal, não pode ser repartida ou dividida, ela é sua e não do próximo, e carregá-la deve ser uma tarefa diária.

O que fazer após o “negue-se a si mesmo” e o “tome a sua cruz”?

Após negar-se a si mesmo e tomar a cruz resta o “siga-me” (Mt 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23). Seguir a Jesus significa caminhar em seus passos, confiando inteiramente nele e obedecendo a sua vontade em plena gratidão pela salvação nele recebida (1Pe 2:21; Jo 15:14; Ef 4:32-5:2).
Em outras palavras, o que o texto está dizendo aqui é que naturalmente após negar-se a si mesmo e tomar a sua cruz resta à pessoa segui-lo sujeitando-se aos seus mandamentos. Na verdade, a frase “negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” nitidamente está descrevendo a verdadeira conversão que é sucedida por uma santificação que perdura por toda a vida.

Como alguém pode negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir a Jesus?

A resposta para essa pergunta é aterrorizante e ao mesmo tempo maravilhosa. É aterrorizante porque ao homem é impossível, por suas próprias forças, negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir a Jesus.
É maravilhosa porque diante da nossa miséria podemos compreender que a graça de Deus nos alcançou, e através do novo nascimento pela obra regeneradora do Espírito Santo em nossos corações somos capacitados a fazer o que de nenhum outro modo poderíamos fazer (Jo 3:3,5).
O verdadeiro seguidor de Jesus foi feito nova criatura, e o Espírito Santo não o abandona à sua própria sorte. Se da nossa própria natureza apenas provêm obras da carne, do Espírito provêm o fruto que é gerado em nós capacitando-nos a viver uma vida de total entrega ao Senhor. Ao verdadeiro cristão é dado o poder de sofrer pelo nome de Cristo (Ap 6:9; 12:11).
Sempre devemos nos lembrar de que o mesmo que disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei”; também disse: “Qualquer que não tomar a sua cruz, e vier após mim, não pode ser meu discípulo” (Lc 14:27).
Em Cristo, certamente nós podemos descansar, mas isso não é o mesmo que ficarmos ociosos. Somos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, e com Ele padecemos para que com Ele também sejamos glorificados (Rm 8:17).
Ele carregou sobre si a nossa maldição, e seu amor nos constrange de tal maneira que negar-se a si mesmo, tomar a cruz e segui-lo é a maior satisfação que poderíamos ter.


Por: Daniel Conegero 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

ABERTURA DA MOCIDADE VASO DE BÊNÇÃO

Que noite maravilhosa!! Culto de abertura das atividades da Mocidade Vaso de Bênção em 2017, louvor, dinâmicas muita alegria e a palavra do Senhor foi pregada e graças ao amor e misericórdia de Deus almas se renderam a Jesus Cristo!! Pedimos oração por nossa juventude pois eles precisam muito, mas precisam muito mesmo do toque Divino em suas vidas, pois estão atolados em meio a um lamaçal de pecados!! Tanto eles como a família deles também!! E depois tivemos momentos de comunhão e foi um servido um delicioso kikão!! Deus continue abençoando a liderança da mocidade na pessoa dos irmãos Fabrício Nascimento e Pâmela Amorim!! Que o Senhor continue a ser glorificado em suas vidas e na vida dessa juventude!!










Pastor diz que Spurgeon perdeu a salvação e foi para o inferno


Por Renato Vargens

Há pouco fiquei sabendo de um pastor que disse a seguinte pérola sobre o grande pregador Charles H. Spurgeon:  "Este cara perdeu a salvação e foi para o Inferno." Ao ser indagado por ter falado tamanha bizarrice, o pastor afirmou:  "Ele foi para o inferno porque sofria de gota e experimentou durante a vida momentos de depressão." Para piorar a situação, o  teólogo em questão, disse que crente que é crente não fica doente, e se por acaso contrair alguma enfermidade, é porque não nasceu de novo.

Caro leitor, sinceramente eu não sei o que esse pessoal tem na cabeça! Afirmar que Spurgeon foi para o inferno porque sofria em virtude de uma enfermidade é de uma ignorância ABSURDA! Ora, em que parte das Escrituras encontramos base teológica para essas afirmar que um crente perde a salvação?

Prezado amigo, a Bíblia é enfática em afirmar a segurança dos crentes. Para as Sagradas Escrituras, não é possível com que o verdadeiro crente afaste-se definitivamente da graça de Deus, até porque, as doutrinas bíblicas quanto a garantia da salvação são extremamente claras.

Por favor, leia atentamente o o texto abaixo:

"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai.” Jo 10:27-29 
Caro leitor, o texto em questão é claro. O crente que nasceu de novo, nunca há de perecer. Junta-se a isso o fato de que ninguém é poderoso suficientemente para arrancar os salvos das mãos do Senhor. É indispensável também que entendamos que o fato de alguém acreditar que o cristão pode jogar fora a salvação que o Pai lhe deu, aponta efetivamente para o desconhecimento das doutrinas bíblicas. Além disso, foi o próprio Senhor Jesus quem disse: “Todo o que o Pai me dá, virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. (Jo 6:37) Vale também a pena ressaltar de que o Senhor Jesus ao ascender aos céus, deixou-nos o Espírito Santo como garantia da nossa salvação. A presença do Espírito em nós é a esperança e convicção da vida eterna. O Espírito Santo é o penhor, o qual nos garante irrevogavelmente a eternidade com Deus.


“Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa”. (Ef 1:13)

“O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória”. (Ef 1:14) 

“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção”. (Ef 4:30)

“O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações”. (2Co 1:22)

Louvado seja o Senhor Jesus Cristo pela Salvação eterna! Engrandecido seja o seu nome, porque a salvação das nossas almas não depende dos nossos esforços, e sim exclusivamente dele. Somos irremediavelmente salvos, vamos viver com Cristo pelos séculos dos séculos amém!

Soli Deo Gloria

Renato Vargens